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Entrevista

Entrevista com Técnico em Segurança do Trabalho – Visão de um Recém Formado

 

O Questão de Segurança resolveu passar para o nosso público um olhar menos prático da segurança no trabalho. Convidamos uma técnica recém-formada para que ela exponha sua visão desse tema na nossa sociedade.

Rhaiana Carracena da Silva tem 19 anos e é natural de Teresópolis, mas atualmente mora em Rio das Ostras. Fez o curto na instituição Rio Petro tendo o concluído em 2015.

 

Questão De Segurança: Rhaiana, o que te motivou a estudar para ser um profissional Técnico em Segurança do Trabalho?

Rhaiana: O ex-marido da minha mãe é um ótimo técnico de segurança. Ele me levou a empresas e me apresentou a essa profissão. Eu me identifiquei bastante e pude ver a importância desta.

 

QDS: Quais pontos positivos e negativos da profissão?

R: Os pontos positivos são: Contribuir para a conscientização da importância da prevenção de acidentes, com o intuito de evita-los e preservar a integridade física do trabalhador.

Os pontos negativos são: a desvalorização da profissão, mesmo dentro das organizações. Falta apoio, tanto financeiro (principalmente financeiro), quanto motivacional para a realização dos projetos e também falta apoio dos lideres e dos próprios funcionários em relação à utilização do EPI e das medidas de segurança, que são tratadas muitas vezes com descaso.

 

QDS: Qual você considera o maior desafio em ser um TST?

R: Ser um bom líder, sendo justo e sem arrogância. Fazer com a equipe respeite a opinião do técnico, ao invés de impô-la.

 

QDS: O que você espera de uma empresa que contrate um técnico de segurança do trabalho?

R: Espero que esta empresa esteja realmente preocupada com a segurança e saúde do trabalhador e não com os custos que a não contratação de um profissional TST poderia trazer.

 

QDS: O que você faria se a empresa pedisse a você para fechar os olhos a determinados riscos?

R: Eu não aceitaria. Neste meio, infelizmente, é comum a existência de “profissionais” que apenas trabalham para manter o emprego e não para fazer a prevenção de acidentes. Isso faz com que a empresa ache aceitável burlar algumas normas. Acredito que se os reais técnicos de trabalho se negassem a executar um serviço, que vai contra as regulamentações, as empresas começariam a perceber o quão errado e grave essa atitude pode ser.

 

QDS: Como você vê a questão de segurança no trabalho no futuro?

R: Acredito que o futuro desta profissão seja bastante promissor. Algumas empresas já possuem consciência da importância deste setor dentro de uma organização e a tendência é que cada vez mais empresas se conscientizem. A quantidade de profissionais formados e capacitados tem aumentado e isso irá gerar maior competição, o que aumentará a qualidade do serviço. Além do mais, a cada dia a tecnologia se atualiza e isso cria mecanismos e ferramentas úteis para a prevenção de acidentes.

 

QDS: O que pode melhorar?

R: Maior conscientização em relação à importância da segurança por parte dos lideres e dos funcionários em geral; mais investimentos em treinamentos, palestras e equipamentos de proteção (coletiva ou individual) e reconhecimento do profissional de segurança do trabalho.

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